Paranaguá e seu litoral têm sido palco de uma expressiva manifestação cultural: a capoeira. Com uma rica história e tradição, a arte da capoeira é valorizada por uma comunidade dedicada, composta por mestres que há anos ensinam e preservam essa arte tão importante para a identidade brasileira. E agora, um novo projeto está prestes a ser lançado para fortalecer ainda mais esse cenário cultural diversificado.
Segundo a Prefeitura Municipal de Paranaguá, o projeto “Capoeira Ancestralidade, Dança, Esporte, Música e Ritmo” será lançado na próxima segunda-feira, 13. Esta iniciativa, fruto de um edital da Lei Paulo Gustavo, busca promover o intercâmbio entre os grupos de capoeira existentes no litoral. O evento contará com uma roda de grupos, onde os mestres capoeiristas compartilharão não apenas a prática da capoeira, mas também a importância histórica e cultural que essa arte carrega, enraizada na ancestralidade do povo preto.
Para Mariana Amaral, a capoeira vai além de uma simples prática esportiva. Ela transmite valores familiares, promove a formação de indivíduos conscientes de sua etnia, e aborda temas fundamentais como racismo, igualdade e inclusão. Em 2014, a UNESCO reconheceu a roda de capoeira como patrimônio imaterial, um importante passo para reparar as injustiças históricas e reconhecer a herança africana.
Os idealizadores do projeto destacam a importância do Mestre Walter, um capoeirista de prática angola, cujo método pedagógico valoriza a intuição, a emoção e a razão. A roda de conversa será encerrada com o ritmo contagiante do samba de terreiro, celebrando a alegria, harmonia e ancestralidade presentes nas batidas e danças.
A capoeira de angola, conhecida por seus movimentos mais lentos, é muito mais do que um jogo ou uma dança; é uma expressão cultural que ressoa a história e a identidade do povo brasileiro. Com o lançamento do projeto “Capoeira Ancestralidade”, Paranaguá reafirma seu compromisso em preservar e promover a diversidade cultural que torna nossa sociedade tão rica e vibran