AstraZeneca admite efeito colateral raro da vacina contra COVID-19

Cleomar Diesel

Recentemente, a farmacêutica AstraZeneca admitiu à Justiça que sua vacina contra a COVID-19 pode estar associada a um efeito colateral raro. Em meio à crescente preocupação sobre os possíveis impactos das vacinas desenvolvidas em tempo recorde, essa revelação trouxe à tona novas discussões sobre a segurança e eficácia dos imunizantes.

De acordo com informações do jornal The Telegraph, a AstraZeneca está enfrentando uma ação coletiva movida por 51 famílias na Inglaterra, que buscam uma indenização totalizando aproximadamente 700 milhões de reais. Essas famílias alegam que desenvolveram trombose após receberem a vacina produzida pela empresa.

Em resposta às acusações, a farmacêutica reconheceu que sua vacina “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia (TTS)”, uma condição caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos que aumentam o risco de obstrução dos vasos sanguíneos.

“O mecanismo causal não é conhecido”, afirmou a empresa. “Além disso, a TTS também pode ocorrer na ausência da vacina AZ (ou de qualquer vacina). A causalidade em qualquer caso individual será matéria para prova pericial”, acrescentou a AstraZeneca em uma carta enviada ao advogado de um dos requerentes no ano passado.

No Brasil, a vacina AstraZeneca foi administrada em cerca de 153 milhões de pessoas. Esta admissão da AstraZeneca sobre um possível efeito colateral raro da vacina levanta novas questões sobre a segurança dos imunizantes e destaca a importância contínua da vigilância e monitoramento dos seus efeitos.

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