No dia 20 de abril de 2008, o padre Adelir de Carli embarcou de Paranaguá para um voo com balões de gás hélio. A aventura ficou marcada na memória dos brasileiros, e Adelir ficou conhecido como o “padre do balão”.
Os preparativos para a viagem do padre Adelir foram acompanhados por fiéis, curiosos e pela imprensa. Antes de partir, sob chuva, o sacerdote celebrou uma missa especial. Mesmo com o céu nublado e o tempo instável, Adelir resolveu seguir com o voo.
Às 13h, preso em uma cadeira sustentada por 1.000 balões, o sacerdote partiu de Paranaguá(PR) com destino a Dourados (MS), em um voo programado para 20 horas.
O equipamento de voo de padre Carli incluía paraquedas, capacete, roupas impermeáveis, aparelho de GPS, celular, telefone por satélite, coletes salva-vidas, traje de voo térmico, alimentos e água.
Vinte minutos depois da partida, para a surpresa da equipe que o acompanhava em terra, Adelir conseguiu atingir uma altitude de 5.800 metros acima do nível do mar, quase o dobro do que estava previsto.
No dia 20 de abril, o último contato do padre com a Polícia Militar aconteceu durante a noite, às 21h, quando ele estava a cerca de 25 quilômetros do município de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. As investigações, à época, apontaram que o mau tempo o teria levado em direção ao mar.
Durante meses, Adelir foi considerado desaparecido, até que em 4 de julho, restos do corpo do padre foram encontrados no mar por um barco rebocador que prestava serviços à Petrobras próximo à costa de Maricá (RJ).
O exame de DNA, feito no Instituto de Pesquisa Genética Forense a partir de uma amostra de material colhido com o irmão do padre, o mestre de obras Moacir de Carli, confirmou a identidade de Adelir. O sepultamento do padre aconteceu em sua cidade natal, Ampére (PR).