Nesta quarta-feira (3), a Polícia Civil do Paraná (PCPR) e a Polícia Civil de São Paulo (PCSP) prenderam preventivamente em Bauru (SP) um homem, de 39 anos, suspeito de um duplo feminicídio que vitimou mãe (39 anos) e filha (15 anos) no sábado (30), em Bandeirantes, no norte do Estado.
De acordo com as investigações, a motivação do crime está ligada a desentendimentos no relacionamento afetivo entre o suspeito e a mulher de 39 anos, em razão de desconfiança e vício em jogos online por parte do indivíduo.
O delegado Michael Araújo, da PCPR, explica que as diligências foram iniciadas assim que a equipe policial tomou conhecimento do crime. Diante da autoria, foi solicitada a prisão preventiva, expedida pelo judiciário na segunda-feira (1º).
“Conseguimos identificar o paradeiro do suspeito através de imagens de câmera de segurança da rodoviária de Bauru. O Departamento da Polícia Civil disponibilizou toda a sua estrutura de investigação para realizar a prisão do suspeito e apresentar a resposta que a família das vítimas e a sociedade paranaense esperam do Estado e dos seus órgãos de persecução penal”, afirma.
Após troca de informações entre as polícias, o homem foi localizado na rodovia SP-321. Ele será transferido para o Paraná após audiência de custódia.
O suspeito responderá pelo crime de duplo feminicídio qualificado por emboscada, recurso que dificultou ou impediu a defesa das vítimas, e motivo fútil. Caso seja condenado, a pena pode chegar a até 30 anos de prisão, referente a cada vítima.
INTEGRAÇÃO – Além da equipe de investigação da delegacia da PCPR em Bandeirantes, a ação contou com apoio do Grupo Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) da PCPR e do Grupo de Operações Especiais da Polícia Civil de São Paulo.
DENÚNCIAS – A PCPR trabalha constantemente no combate aos crimes contra a mulher: conduz investigações, solicita medidas protetivas e prende os autores. A corporação pede a colaboração da população com informações que auxiliem no andamento de investigações. As denúncias podem ser feitas de forma anônima por meio dos telefones números 197, da PCPR, ou 181, do Disque-Denúncia.