Duas pessoas foram formalmente acusadas pelas mortes dos quatro jovens encontrados inconscientes dentro de um veículo BMW em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, em 1º de janeiro. Conforme o laudo pericial, as vítimas perderam a vida devido à asfixia resultante da inalação de monóxido de carbono. De acordo com a Polícia Civil uma falha mecânica, ocorrida após modificações no veículo realizadas em uma oficina em Goiás, permitiu a entrada do gás tóxico em seu interior.
Segundo as investigações, o proprietário de uma oficina localizada em Aparecida de Goiânia (GO), de 35 anos, e um funcionário, de 48 anos, serão responsabilizados por quatro homicídios culposos, devido à imperícia. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. A defesa do proprietário e da oficina alegou não ter sido informada oficialmente sobre o indiciamento e afirmou que se pronunciará após receber a notificação.
O laudo pericial havia indicado, segundo a Polícia Civil, que o monóxido de carbono vazou através da ruptura de uma peça, denominada downpipe. O gás entrou na cabine do veículo por meio do ar condicionado.
“Os peritos concluíram que a peça, a qual foi instalada em substituição ao catalisador do veículo, foi produzida e montada de forma precária e divergente dos padrões de qualidade do fabricante”, disse a polícia.