Janeiro destaca-se globalmente como o mês de conscientização sobre a hanseníase, doença infecciosa causada pela bactéria mycobacterium leprae, conhecida como bacilo de Hansen. Embora curável, a hanseníase persiste endêmica em várias regiões, incluindo o Brasil, com 415 novos casos registrados no Paraná em 2023.
Para aumentar a detecção, o Estado oferece testes rápidos em todas as 22 Regionais de Saúde para pessoas que estiveram em contato próximo e prolongado com casos confirmados. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) implementa um plano estratégico integrado para controle, abrangendo vigilância, atenção à saúde e assistência farmacêutica.
Entre as ações do Estado, ressaltamos a busca ativa para detecção precoce dos casos, reabilitação, manejo das reações hansênicas, recidivas e nos eventos pós-alta, além de investigação dos contatos de forma a interromper a cadeia de transmissão.
O secretário de Saúde, Beto Preto, enfatiza a importância de combater o preconceito associado à hanseníase. O tratamento busca a cura por meio de antibioticoterapia e prevenção de incapacidades com detecção precoce.
O atendimento especializado ocorre no Hospital de Dermatologia Sanitária do Paraná, em Piraquara, antigo Leprosário São Roque, gerido pela Fundação Estatal de Atenção em Saúde (Funeas), oferecendo consultas, equipe multiprofissional e atendimento especializado.
Confira os sintomas mais comuns:
– Manchas com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato;
– Formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores;
– Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar ou segurar objetos, ou manter calçados abertos nos pés;
– Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos;
– Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo;
– Coceira ou irritação nos olhos;
– Entupimento, sangramento ou ferida no nariz.