Uma tarde tranquila na praia do Cardoso, em Laguna, Litoral Sul de Santa Catarina, transformou-se em um cenário caótico e assustador quando um tsunami meteorológico atingiu a região, arrastando carros e causando pânico entre os frequentadores.
O fenômeno, confirmado pela Defesa Civil, é considerado incomum e de difícil previsão. O pescador Marcio Goulart Nascimento, testemunha ocular do incidente, descreveu que o tempo estava bom quando, por volta das 16h, a maré subiu repentinamente, atingindo níveis alarmantes.
A Coordenadoria de Monitoramento e Alertas da Defesa Civil esclareceu que tsunamis meteorológicos geralmente estão associados a sistemas meteorológicos, como linhas de instabilidade. No caso desta ocorrência, as linhas de instabilidade eram compostas por células de tempestades contínuas, alinhadas de forma paralela à costa. Isso resultou em mudanças abruptas na pressão atmosférica e rajadas intensas de vento, impulsionando a água do mar em direção à praia.
É importante destacar que o tsunami meteorológico, causado por fatores meteorológicos, difere do tsunami tradicional, desencadeado por abalos sísmicos (terremotos) e que normalmente apresenta um potencial de destruição maior.
A praia estava lotada de turistas quando o incidente ocorreu, e relatos indicam que várias pessoas correram em pânico, acompanhadas por gritos de alerta. Apesar do caos, o Corpo de Bombeiros informou que não houve feridos.
Dezenas de carros foram afetados, alguns ficaram danificados e boiaram na maré. Quando a água recuou, pescadores locais correram para prestar assistência aos banhistas, especialmente mulheres e crianças.
De acordo com a legislação municipal, a entrada, permanência e circulação de veículos automotores nas praias de Laguna são proibidas, com exceção das praias do Gi, Canto do Gi e do Sol. A comunidade agora se mobiliza para avaliar os danos e providenciar apoio àqueles afetados pelo inusitado tsunami meteorológico.
