Grupo Pátria arremata Lote 1 das novas concessões de rodovias do Paraná com desconto de 18,25%

Cleomar Diesel
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O Grupo Pátria, por meio da Infraestrutura Brasil Holding XXI S.A., conquistou o Lote 1 no leilão das novas concessões das rodovias do Paraná, apresentando um desconto de 18,25% na tarifa por quilômetro rodado, reduzindo-a de R$ 0,10673 para R$ 0,08725 na pista simples. Isso representa uma diminuição de 65% em relação à tarifa que seria cobrada se o antigo Anel de Integração ainda estivesse em vigor (R$ 0,2543), ou 54% abaixo da última tarifa cobrada (R$ 0,1919). A previsão é que o grupo assuma a operação das rodovias no início de 2024.

Todas as praças terão descontos de mais de 21,74% nas tarifas. O pedágio em Imbituva, na BR-373, vai cair de R$ 13,40 para aproximadamente R$ 8,67, um desconto de 35,33%. Na praça da Lapa, na BR-476, o valor cobrado vai cair 35,29%, de R$ 15,30 para R$ 9,90. Na BR-277 em Irati, a redução vai ser de 34,11%, caindo de R$ 13,40 para R$ 8,83, e em São Luiz do Purunã a queda será de 21,74%, saindo de R$ 9,60 para cerca de R$ 7,51.

O leilão ocorreu na sexta-feira (25) na Bolsa de Valores, em São Paulo, com a presença do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, e do ministro dos Transportes, Renan Filho.

Ratinho Junior comentou que esse momento marca o início de uma nova era para o Paraná, com contratos modernos, preços justos e um amplo pacote de obras que transformará o Estado em um importante hub logístico na América do Sul. Ele enfatizou a mudança positiva após o encerramento das antigas concessões e o início de um novo modelo mais seguro e inovador.

O Grupo Pátria adquiriu a concessão de 473 quilômetros de rodovias federais e estaduais que abrangem as regiões de Curitiba, Região Metropolitana, Centro-Sul e Campos Gerais do Paraná. O investimento previsto é de pelo menos R$ 7,9 bilhões em obras de melhoria e manutenção nas rodovias BR-277, BR-373, BR-376, BR-476, PR-418, PR-423 e PR-427.

O edital destaca que 344 quilômetros serão duplicados e 210 quilômetros receberão faixas adicionais. Além disso, o projeto inclui a construção de novos acostamentos, vias marginais, ciclovias, viadutos, trincheiras e passarelas.

A concessionária também arcará com cerca de R$ 5,2 bilhões em custos operacionais, incluindo serviços médicos, mecânicos, pontos de descanso para caminhoneiros e balanças de pesagem. Somando esses investimentos, o total será de R$ 13 bilhões ao longo do contrato de 30 anos. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estima que esse projeto criará 81,7 mil empregos.

O novo lote atravessa 18 cidades, abrangendo uma população de 3,06 milhões de habitantes, segundo o último Censo.

As novas concessões também trazem inovações, como a implantação gradual do sistema “free flow”, no qual os usuários pagam proporcionalmente ao trecho percorrido. Essa tecnologia, amplamente utilizada em outros países, será operacionalizada por meio de pórticos instalados nas rodovias. Outras melhorias incluem câmeras com reconhecimento de placas, painéis de mensagem variável, iluminação LED, sistema de pesagem automática em movimento para caminhões e acesso à internet em pontos de atendimento ao usuário e áreas de descanso para caminhoneiros.

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