Japão levanta suspensão de importação de carne de frango de Santa Catarina após um mês

Cleomar Diesel
Fotos de Yakitori

O Japão, principal importador de carne de frango de Santa Catarina, retirou a suspensão temporária sobre a importação dessa proteína, que havia sido anunciada em 17 de julho. A decisão foi confirmada pelo governo catarinense na noite de quinta-feira (18), após um mês de intensos esforços diplomáticos e análises técnicas para resolver o impasse.

A suspensão havia sido imposta devido à detecção de um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em um estado catarinense. De acordo com as normas sanitárias japonesas, uma suspensão temporária é adotada como medida de precaução e, após uma análise que se estende por até 28 dias, se nenhuma irregularidade é encontrada, o embargo pode ser suspenso. No entanto, a retomada das vendas de carne de frango não é automática, dependendo ainda do aval final do Japão.

O comércio bilateral de carne de frango entre Santa Catarina e o Japão tem sido substancial, com as exportações somando aproximadamente US$ 310,8 milhões em 2022. Esse valor representa cerca de 14,75% da receita total das exportações de frango, ovos e seus subprodutos para o mercado japonês.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o governo catarinense têm trabalhado em estreita colaboração com autoridades japonesas para resolver o impasse desde o anúncio da suspensão em julho. O objetivo era demonstrar que o caso identificado em Maracajá, no Sul de Santa Catarina, não comprometia o status geral do Brasil como país livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP).

De acordo com informações do governo brasileiro, o caso em questão não teve impacto nas aves destinadas à importação. A infecção foi registrada apenas em aves silvestres e de fundo de quintal, garantindo assim que o Brasil mantenha sua classificação de país livre de IAAP.

A retirada da suspensão é uma notícia positiva para a indústria de carne de frango de Santa Catarina e demonstra a capacidade de colaboração entre os países para garantir o comércio seguro e a segurança alimentar global.

Fonte:G1

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