Pinguins-de-Magalhães são reabilitados no litoral do Paraná em 2023

Cleomar Diesel
Foto UFPR

O litoral do Paraná recebe todos os anos a visita especial dos pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) que migram de suas áreas de reprodução no extremo sul da América do Sul em busca de alimentos nas águas do Brasil. Porém, este ano, a chegada dessas adoráveis aves foi atrasada, deixando os moradores ansiosos para avistá-las.

Somente em junho, com a chegada do inverno e das famosas “frentes frias”, os primeiros pinguins-de-Magalhães foram avistados na costa paranaense. O processo de migração é desgastante, exigindo um alto gasto de energia para a busca de alimentos e o deslocamento extenso, o que debilita alguns indivíduos, especialmente os juvenis.

O Laboratório de Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por meio do Projeto de Monitoramento de Praia da Bacia de Santos (PMP-BS), registrou a ocorrência de 58 pinguins da espécie, mas apenas 14 chegaram vivos para atendimento no Centro de Reabilitação, Despetrolização e Análise de Saúde da Fauna marinha da UFPR (CRED).

Graças ao trabalho incansável da equipe do PMP-BS/UFPR, seis pinguins foram reabilitados e puderam retornar ao mar no dia 25 de julho. De acordo com a equipe médica veterinária, esses adoráveis animais estavam ativos e saudáveis, prontos para retornar à vida marinha.

Esse momento de retorno ao oceano é motivo de celebração para toda a equipe envolvida, demonstrando que o empenho coletivo pode fazer a diferença para o bem-estar da biodiversidade marinha.

O Projeto de Monitoramento de Praia da Bacia de Santos (PMP-BS), o Programa de Apoio a Ações de Extensão Universitária (PRAE) e os moradores da região são agradecidos por sua dedicação e envolvimento em ações coletivas que visam a preservação da qualidade do oceano e sua rica fauna. Essas iniciativas são fundamentais para a conservação dessas espécies incríveis que trazem tanta alegria e encantamento à nossa costa.

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