Na próxima segunda-feira (24), às 08h, a seleção brasileira feminina de futebol dará início à sua jornada na Copa do Mundo feminina, enfrentando a equipe do Panamá. O torneio está sendo sediado na Austrália, e o Brasil está no grupo F, onde participará de três jogos na fase inicial.
A expectativa é grande para acompanhar o desempenho da seleção feminina, mas muitos se perguntam o motivo pelo qual o futebol feminino só começa a ter projeção recentemente no Brasil. A resposta está enraizada em um histórico de preconceito que durante décadas manteve o esporte longe das mulheres.
Na década de 40, o futebol feminino foi proibido no país por meio de um decreto do governo de Getúlio Vargas, que alegava que a prática não era condizente com a “natureza” das mulheres. Esse preconceito e discriminação barraram o desenvolvimento do futebol feminino por muitos anos.
Apenas em 1983, há 40 anos atrás, a prática do futebol entre mulheres foi regulamentada no Brasil. Esse foi um passo importante para o reconhecimento e o resgate da modalidade no país. No entanto, foi somente em 1991 que a primeira Copa do Mundo Feminina aconteceu, enquanto a Copa do Mundo Masculina já era realizada há 60 anos.
Essa disparidade mostra o quão tardio foi o reconhecimento do futebol feminino no cenário esportivo mundial. A persistência do preconceito e da desigualdade de gênero negou às mulheres a oportunidade de se dedicarem ao futebol por muitas décadas.
Felizmente, o cenário tem mudado nos últimos anos, com a conquista de mais espaço e visibilidade para o futebol feminino. A participação da seleção brasileira na Copa do Mundo é um marco importante nessa jornada de luta e superação do preconceito histórico.
Hoje, as jogadoras da seleção brasileira são fontes de inspiração para muitas jovens atletas, que sonham em seguir seus passos e conquistar seu espaço no esporte. A trajetória dessas mulheres é uma prova de que o talento e a paixão pelo futebol não têm gênero.
Que a Copa do Mundo feminina seja uma oportunidade para celebrar o talento, a dedicação e a superação das jogadoras brasileiras e de todas as participantes do torneio. Que esse evento esportivo também contribua para romper de vez as barreiras do preconceito e promover o futebol feminino em todo o Brasil e no mundo.