A polêmica envolvendo a nova campanha publicitária da Volkswagen VM Brasil 70: O Novo Veio de Novo continua crescendo. A propaganda, que utiliza inteligência artificial para recriar uma imagem da icônica cantora brasileira Elis Regina, está sendo analisada pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
Após receber inúmeros questionamentos sobre a ética do uso de IA para recriar imagens de pessoas falecidas, o Conar decidiu investigar o assunto. Em comunicado oficial, o órgão afirma que irá examinar o caso à luz do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, especialmente os princípios de respeitabilidade, que envolvem o respeito à personalidade e existência da artista, bem como a veracidade da propaganda.
A ação da Volkswagen, que busca relembrar a trajetória de sucesso de Elis Regina para promover o novo modelo de veículo, tem gerado diferentes opiniões. Enquanto alguns elogiam a criatividade e inovação da empresa, outros questionam se é ético ressuscitar digitalmente uma artista falecida para fins comerciais.
A discussão sobre o uso de IA na publicidade já vem ocorrendo em diversos países, levantando questões éticas e morais. A tecnologia possibilita a criação de imagens quase perfeitas de pessoas reais, inclusive daquelas que já não estão mais entre nós. Isso traz à tona questionamentos sobre os limites da publicidade, a privacidade das pessoas e a preservação da memória dos indivíduos.
Enquanto aguardamos o posicionamento do Conar sobre o caso, a Volkswagen e outras empresas que utilizam essa tecnologia devem estar preparadas para lidar com as consequências e impactos de suas ações. A campanha “O Novo Veio de Novo” despertou um debate importante no setor publicitário, colocando em pauta questões éticas e abrindo espaço para reflexões sobre a responsabilidade das marcas na utilização da inteligência artificial.
Conar abre processo contra a Volkswagen por propaganda com Elis Regina
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