Na quarta-feira, 28 de junho, a Agência Estadual de Notícias informou que a Copel recebeu o primeiro lote de imagens de animais identificados pela Rede de Monitoramento do Programa Grande Mamíferos da Serra do Mar.
O estudo é uma iniciativa do Instituto Manacá e do Instituto de Pesquisas Cananéia que tem o objetivo de obter registros periódicos da presença desses animais na Mata Atlântica dos Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.
De acordo com as informações divulgadas, atualmente, a Companhia mantém sob seus cuidados mais de 10 mil hectares em áreas próprias nos municípios de São José dos Pinhais, Guaratuba, Piraquara e Morretes.
Essas áreas são destinadas quase exclusivamente à conservação da Mata Atlântica na Serra do Mar paranaense e inseridas no maior “contínuo conservado” desse bioma, que possui uma das mais altas taxas de biodiversidade do planeta.
Essas áreas representam importantes refúgios da fauna e da flora nativa regional; ao integrar a Rede de Monitoramento e aderir à iniciativa, em 2021, a Companhia passou a ter as áreas monitoradas de modo estruturado e sistemático.
Após o encerramento do primeiro ciclo de monitoramento, feito em 2022, foi possível confirmar que as áreas da Copel selecionadas servem de abrigo, refúgio ou fazem parte da área de vida de muitos mamíferos que são alvo de estudo do Programa.
E esses animais ainda integram a lista de espécies ameaçadas da fauna brasileira, como a anta (Tapirus terrestris) e o queixada (Tayassu pecari), além de diversos outros registrados pelas armadilhas fotográficas, como a onça-parda (Puma concolor), a jaguatirica (Leopardus pardalis), veados (Mazama sp.), tatus, iraras, cachorro-do-mato e mão-pelada.
O monitoramento é realizado por meio da instalação das chamadas armadilhas fotográficas que ficam em campo por determinados períodos; a instalação é feita por especialistas que precisam entrar em áreas de difícil acesso para selecionar as áreas mais propícias ao aparecimento da fauna; terminado o período de monitoramento, que dura em média dois meses, os pesquisadores voltam a campo para retirar as câmeras.
Em seguida, tem início o trabalho de escritório, que consiste na análise das imagens gravadas por cada câmera, verificando se houve registro de animais nas áreas e fazendo sua identificação. Esse é o momento de maior expectativa, em que se verifica quais animais ocorrem em cada área monitorada.
O ciclo 2023 já foi iniciado, porém, os resultados serão disponibilizados somente no ano seguinte, pois a fase de triagem das imagens é bastante demorada, por conta do volume de dados obtidos.