O edital do lote 2 do pedágio no Paraná, publicado pelo governo federal na segunda-feira (12), trouxe uma importante novidade ao incluir a BR-277, que liga Curitiba ao litoral, em seu escopo. No entanto, mesmo que o cronograma estabelecido pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) seja cumprido, a rodovia passará parte da próxima temporada de verão sem uma concessionária responsável por sua administração.
De acordo com o edital, o leilão do lote 2 do pedágio está previsto para ocorrer no dia 29 de setembro, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3. A homologação do resultado está marcada para o dia 10 de novembro. Caso tudo ocorra conforme o planejado, a assinatura do contrato está prevista para o dia 26 de janeiro de 2024.
Enquanto isso, a responsabilidade pela BR-277 continua com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). O Ministério dos Transportes, pasta à qual o Dnit é vinculado, assegurou que manterá contratos para garantir a conservação da rodovia até que a nova concessão entre em vigor.
Em nota, o Ministério destacou o compromisso do governo federal com a manutenção, ampliação e conservação da malha rodoviária do Paraná. Segundo o texto, estão previstas 16 grandes obras rodoviárias e investimentos de R$ 4,05 bilhões no estado até 2026, um valor 20 vezes maior do que o investido em 2022.
Por sua vez, o DER-PR (Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná) informou que continua prestando serviços de operação de tráfego rodoviário na BR-277, incluindo guinchos mecânicos, veículo para lidar com animais soltos na pista, apoio ao Corpo de Bombeiros e veículo de inspeção de tráfego. Esses serviços são gratuitos e estão disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive em feriados, e podem ser acionados pelo telefone 0800-400-0404.
Segundo o DER-PR, o contrato que abrange esses serviços na região do litoral paranaense teve início no ano passado e está previsto para se estender até o dia 24 de fevereiro de 2024, com um investimento total de R$ 18,4 milhões. Porém, a conservação dos pavimentos e outras obras no trecho são de responsabilidade do DNIT e do governo federal.