De acordo com matéria jornalistica veiculada pela TV Globo, a servidora pública paranaense Fernanda Barbieri decidiu quebrar o silêncio e expôs publicamente neste fim de semana o caso de violência doméstica que viveu desde 2017, envolvendo seu ex-marido, o promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná (MPPR), Bruno Vagaes. Segundo relatos de Fernanda, as agressões físicas, verbais, patrimoniais e sexuais por parte de Bruno ocorreram ao longo de seis anos.
Entre as situações descritas por Fernanda, está a condenação de Bruno a três anos e seis meses de prisão por importunação sexual. Ele também estava impedido de se aproximar a menos de 200 metros dela e de seus familiares. Além disso, ela alega que ele ofereceu a quantia de R$ 30 mil para que ela retirasse a denúncia contra ele.
A emissora teria procurado o promotor, através de seu advogado de defesa, mas ele se recusou a se pronunciar. O MPPR também foi contatado, porém, não deu declarações. Até o momento, Bruno não foi afastado de suas funções na Promotoria de Justiça de Ibiporã e teria recebido apenas duas advertências institucionais.
Em julho, a prisão preventiva de Bruno foi decretada pelo crime de importunação sexual, e a pena foi aumentada para quatro anos devido ao descumprimento das medidas. Sua defesa solicitou a prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, pedido que foi atendido. Durante esse período, Bruno teve direito a 30 dias de férias. Em setembro, houve um pedido de revogação da prisão por parte do Ministério Público (MP), segundo informações da reportagem, e a prisão seria restabelecida em caso de novos fatos.
Na manhã desta segunda-feira (12), o Ministério Público do Paraná emitiu uma nota oficial à imprensa. Devido ao sigilo decretado judicialmente, a instituição não pode fornecer detalhes sobre o caso, mas informou que acompanha a situação no plano administrativo e judicial por meio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos.
A nota do MPPR na íntegra diz o seguinte: “O Ministério Público do Paraná informa que atua e acompanha toda a situação envolvendo o agente do MPPR, seja no plano administrativo, seja no âmbito judicial, por intermédio da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos. Todavia, em razão do sigilo decretado judicialmente – determinado não em razão do promotor de Justiça, mas, antes, em prestígio da própria vítima -, detalhes sobre a questão e desdobramentos relacionados ao caso estão, por ora, desautorizados. Caso ocorra o levantamento desse sigilo, é certo que toda e qualquer informação a respeito dos fatos