Um professor de uma escola estadual localizada no litoral norte de Santa Catarina foi afastado de suas atividades após ser acusado de abusar sexualmente de uma aluna de 17 anos. A denúncia foi realizada por um servidor da escola que teve conhecimento do ocorrido. O caso teria ocorrido em abril e está sendo investigado pela Polícia Civil.
De acordo com informações, o abuso teria ocorrido no dia 28 de abril, enquanto a aluna retornava para casa sozinha, durante o período noturno. No entanto, o boletim de ocorrência, tipificado como importunação sexual, foi registrado apenas no dia 15 de maio, quando a mãe da vítima tomou conhecimento do ocorrido. Nesta segunda-feira, 5, após mais de um mês desde a denúncia, o professor foi afastado, conforme informado pela Secretaria de Educação do Estado de Santa Catarina.
A Polícia Civil de Araquari instaurou um inquérito para investigar a denúncia, no entanto, os detalhes da investigação estão sob sigilo e não foram divulgados.
Segundo relatos, a mãe da vítima afirma que sua filha já havia reclamado do professor no ano anterior, alegando que ele a havia assediado, fazendo comentários e gestos inadequados não somente com ela, mas também com outras alunas. O acusado já havia sido professor da adolescente em anos anteriores, porém, neste ano, estava lecionando para outras turmas.
Conforme o relato da vítima, em outras ocasiões, o professor teria passado devagar com o carro ao lado dela, porém, ela sempre estava acompanhada de colegas. Naquela noite, estando sozinha, ele teria parado o veículo enquanto ela passava por uma área deserta.
Ainda de acordo com o relato, o professor teria pressionado a vítima contra a lataria do carro e tomado o celular dela, quando ela tentou gravar a situação. Em seguida, ele teria passado a mão pelo corpo da vítima e em suas partes íntimas.
Enquanto a mantinha imobilizada contra o veículo, ele teria aberto o zíper da calça e se masturbado. Após ejacular, o agressor teria soltado a vítima. A jovem permaneceu calada por um tempo, até que um professor percebeu uma mudança em seu comportamento e questionou se algo estava errado.
A mãe da vítima também notou a alteração no comportamento da adolescente, mas não chegou a questioná-la. Foi somente cerca de 15 dias depois, quando a denúncia foi realizada e o Conselho Tutelar acionado, que a mãe tomou conhecimento do abuso.
Confira a nota na íntegra da Secretaria de educação estadual :
A Secretaria de Estado da Educação (SED), por meio da coordenadoria regional de Joinville, informa que, assim que ficou sabendo sobre o caso da EEB Senador Luiz Henrique foi até a escola para averiguar os fatos e registrar em ata. Após encaminhar para a Secretaria, foi aberto um processo administrativo para apurar a conduta do professor e o servidor foi afastado por 60 dias.
A SED lamenta e repudia qualquer ato de violência e reforça que preza por um ambiente escolar inclusivo, acolhedor e de respeito. Reforça também que a Coordenadoria de Joinville conta com uma equipe multidisciplinar, com profissionais da educação, psicólogos e assistentes sociais, que prestam apoio à comunidade escolar.