De acordo com informações do site ND Mais, a Policia em uma coletiva de imprensa no início da tarde desta terça-feira (9) detalhou como foi a abordagem e a entrega do menino ao casal paulista.
O menino de 2 anos estava desaparecido desde 30 de abril, depois de a mãe passar mal e não saber informar o paradeiro da criança.
“Ele tem um vínculo de amizade e se conheciam através de reuniões e grupos de WhatsApp. Como e o porquê não se sabe, diz ele que também tinha interesse em adotar antes com a esposa, frequentou as reuniões e conheceu ela [a mãe]”, diz o sargento M. Roberto, que participou da abordagem da dupla.
A criança foi encontrada na noite desta segunda-feira (8), no bairro Tatuapé, na Zona Leste da Capital paulista. Segundo os policiais, a criança estava no banco traseiro, aparentemente limpa e bem-alimentada.
Ao abordar o veículo, os policiais perguntaram se algum dos dois era o pai ou a mãe da criança, porém, eles não responderam. A mulher, Roberta Porfírio, porém, informou que ela era a responsável pela criança e mostrou a certidão original.
“Perguntamos para onde ela estava indo e o que ela pretendia fazer com a criança, se ela não era um familiar de primeiro grau. Ela disse que tentaria a adoção da criança. Aí pedimos para nos acompanhar até o Fórum Tatuapé, que estava próximo, onde tem a Vara de Infância e Juventude”, diz Roberto.
Roberta e Marcelo Valverde, o intermediador, foram presos em flagrante por tráfico de pessoas. Segundo a polícia, a mãe teria entregue a criança à Roberta, que estava com o menino desde 30 de abril. Apenas nesta segunda, conforme a polícia, Roberta e Marcelo se encontraram.
Mãe foi interrogada nesta segunda
A mãe do bebê estava internada na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), depois de ser encontrada desacordada, e recebeu alta nesta segunda. A delegada da DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso) de São José, Sandra Mara, conta que a esperou na porta do hospital e a levou na delegacia em seguida.
“Não podia perder um minuto nessa investigação, por que nós já tínhamos perdido cinco dias.”
Inicialmente, a mulher negou que havia entregue a criança, mas depois acabou confessando. Sandra Mara afirma que “ela não falou em entrega de dinheiro. Nós só vamos ter certeza disso a partir da quebra de sigilo bancário, que agora também vai fazer parte da investigação”.
A delegada informou, ainda, que o homem a assediava há dois anos para entregar a criança para adoção.
“A menina [mãe do bebê] entrou em um grupo de apoio quando estava grávida e ele começou a conversar com ela, nesse grupo de apoio, querendo a criança, dizendo que era para ele, então tem dois anos assediando para entregar a criança. Ela é uma pessoa de saúde mental vulnerável, em um ato de desespero, ela entregou”, avalia Sandra Mara.