Na última quarta-feira, 04 de maio, uma mega operação, envolvendo a Polícia Civil, a Polícia Federal e a Receita Federal, cumpriu uma série de mandados e realizou 28 prisões no âmbito da Operação Downfall, no Estado do Paraná.
De acordo com as informações divulgadas, durante a ação, os Policiais apreenderam 36 veículos, armas, jóias, mais de 2,1 milhões de Reais e 126 mil dólares em espécie, cerca de R$ 228.170,46 em cheques e 210 kg de cocaína.
Também foram decretadas medidas patrimoniais de sequestro de imóveis, bloqueio de bens e valores existentes nas contas bancárias e aplicações financeiras dos investigados, que totalizam um valor estimado de cerca de 1 bilhão de Reais.
Ainda de acordo com informações, a Polícia Civil do Paraná realizou uma investigação para apurar crimes de homicídios em Paranaguá e descobriu que o aumento da violência estava relacionado à disputa pelo controle do tráfico de drogas na região.
Durante as investigações, constatou-se que um dos criminosos mais procurados do Estado, suspeito de financiar os homicídios, fornecendo armas e munições, estava foragido desde 2016 e foi preso em 16 de agosto de 2021, em São Paulo.
O inquérito policial revelou que a organização criminosa estava envolvida não apenas no tráfico interno e em outros crimes, como homicídios, mas também no tráfico internacional de drogas.
A organização tinha uma complexa estrutura logística para operacionalizar as ações de narcotráfico interestadual e internacional, desde a produção da droga no exterior até o envio dos carregamentos para o exterior.
As lideranças dessa organização criminosa empregavam diversas metodologias para ocultar e dissimular a procedência ilícita dos seus vultosos ganhos financeiros e do patrimônio multimilionário constituído a partir dos crimes perpetrados.
Conforme as informações divulgadas, a principal metodologia utilizada para promover a lavagem do dinheiro proveniente do tráfico internacional de drogas era o investimento no setor imobiliário do litoral de Santa Catarina.
Os investimentos consistiam na aquisição de apartamentos de alto padrão e financiamento com o dinheiro ilícito para construção de empreendimentos imobiliários; isso era feito com a conivência de construtoras e empresas do setor.
Por fim, ainda conforme as informações da Polícia Civil, essas empresas são suspeitas de realizar negócios jurídicos fraudulentos ou não declarados que foram custeados com recursos oriundos do tráfico internacional de drogas.