O Instituto Nacional de Meteorologia informou que, com o fim do fenômeno La Niña, as temperaturas no Oceano Pacífico tropical se aproximam de uma média histórica, caracterizando uma fase de neutralidade do fenômeno El Niño–Oscilação Sul.
De acordo com as informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia, apesar da neutralidade supramencionada, diversos modelos climáticos internacionais sugerem a persistência destas condições até o final do outono.
Uma previsão mais estendida dos modelos aponta para um aquecimento significativo das águas em toda a bacia do Pacífico durante o inverno, dando início às condições de formação do fenômeno de aquecimento, o El Niño.
Contudo, o Instituto salienta que é preciso ter cautela com os impactos do El Niño, pois é necessário que o mesmo se estabeleça, ocasionando mudanças sobre o regime de chuvas e temperaturas no planeta.
No Brasil, em anos de El Niño, geralmente, a chamada corrente de jato subtropical é intensificada, bloqueando as frentes frias sobre a Região Sul do País e causando excessos de chuva nos meses de inverno e primavera.
Conforme informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Meteorologia, as correntes de jato subtropical referem-se aos ventos que sopram na região subtropical de oeste para leste, se posicionando a 10 km de altitude.
Durante o inverno, também existe uma tendência de aumento moderado das temperaturas médias na parte central do País e possibilidade de redução do número de geadas de forte intensidade na Região Sul.
A partir do monitoramento da Temperatura da Superfície do Mar, as projeções dessa variável para os próximos meses indicam uma probabilidade de 75% para a ocorrência de um episódio de El Niño para o trimestre junho, julho e agosto de 2023.