Obras na BR-277 prejudicam escoamento da safra de grãos ao Porto de Paranaguá

Cleomar Diesel
Foto: Rodrigo Felix Leal/SEIL

Obras de manutenção na BR-277, que começaram em dezembro de 2022 e têm previsão de seguir até o fim de março. Os impactos da manutenção no corredor logístico, que incluem fechamento de pistas, preocupam entidades dos setores produtivo, de agronegócio, de transportes e de exportação.

Com dificuldades no transporte da safra, falta espaço para estocar a produção.

De acordo com avaliação do setor pelo menos 3 milhões de toneladas já estão represadas nos armazéns e a maior preocupação é com os silos temporários, onde a soja não pode ficar muito tempo.

Exportadores de grãos já estão mandando as cargas para outros portos.

“Já temos uns quatro ou cinco navios que foram desviados para o Porto de São Francisco em razão da falta de previsibilidade na operação pelo Porto de Paranaguá, em razão dos problemas na BR-277”, conta Andre Maragliano, diretor da Associação de Terminais de Exportação do Porto de Paranaguá.
O DER/PR prevê finalizar a contenção do km 41 no mês de março, liberando a pista que está sendo ocupada por equipamentos. As condições climáticas adversas na região podem alterar essa programação.
Em nota, o Dnit afirmou que está fazendo os levantamentos de topografia e fará sondagens do solo. Depois dessa etapa, vai elaborar um estudo de alternativas para o projeto de contenção.

O Ministério dos Transportes disse que destinou, neste ano, R$ 439 milhões para obras de manutenção e recuperação de rodovias federais que cortam o Paraná.

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