Santa Catarina viu o número de mortes por leptospirose saltar de 2021 até 2023 no Estado. De acordo com dados da Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), o número de mortes subiu 40% e de casos 27%.
Em 2021 foram registrados 152 casos da doença e dez mortes. Em 2022 foram 187 pessoas infectadas pela doença e 14 mortes, sendo oito delas em Florianópolis. Já em 2023 já são 23 casos confirmados e três mortes em Concórdia, Itapóa e Joinville.
De acordo com o Ministério da Saúde, para o controle da leptospirose, são necessárias medidas ligadas ao meio ambiente, tais como obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto), melhorias nas habitações humanas e o combate aos ratos.
A pasta explica que é uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao homem principalmente nas enchentes. Bovinos, suínos e cães também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem.
Sintomas
Os mais frequentes são parecidos com os de outras doenças, como a gripe e a dengue. Os principais são: febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, principalmente nas panturrilhas (batata-da-perna), podendo também ocorrer vômitos, diarréia e tosse.
Nas formas mais graves geralmente aparece icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos) e há a necessidade de cuidados especiais com internação hospitalar. O doente pode apresentar também hemorragias, meningite, insuficiência renal, hepática e respiratória, que podem levar à morte.
Como se transmite?
Em enchentes e inundações, a urina dos ratos, presente em esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama das enchentes, são a grande causa. Qualquer pessoa que tiver contato com a água das chuvas ou lama contaminadas poderá se infectar. As leptospiras presentes na água penetram no corpo humano pela pele, principalmente se houver algum arranhão ou ferimento.
O contato com água ou lama de esgoto, lagoas ou rios contaminados e terrenos baldios com a presença de ratos também podem facilitar a transmissão da leptospirose. Veterinários e tratadores de animais podem adquirir a doença pelo contato com a urina de animais doentes ou convalescentes.