A Secretaria de Estado da Saúde publicou um comunicado reforçando a importância da vacinação e da atualização da caderneta das crianças; esse cuidado é fundamental para a puericultura, ou seja, o acompanhamento periódico desse público (0 a 19 anos), visando a promoção e proteção da saúde para garantir o melhor crescimento e desenvolvimento.
De acordo com o Ministério da Saúde, a criança deve fazer no mínimo sete consultas de puericultura no primeiro ano de vida, e a partir dos dois anos de idade as consultas de rotina podem ser anuais, próximas ao mês de aniversário; sendo assim, é possível aproveitar o momento de férias para agendar e atualizar o calendário vacinal, caso esteja com vacinas em atraso.
Colocar as consultas e vacinas em dia contribui para o cuidado com a saúde e a proteção coletiva no retorno às salas de aula, de forma mais segura; estar em dia com a caderneta é uma das premissas no ato de matrícula e rematrícula nas instituições pertencentes ao Sistema Estadual de Ensino do Paraná, que ofertam educação infantil, ensino fundamental e médio.
Segundo a Lei Estadual 19.534 de 2018, pais ou responsáveis legais deverão apresentar declaração ou carteira de vacinação nas escolas, anualmente. A falta desse documento não impedirá o registro, mas as escolas devem monitorar e verificar os arquivos dos alunos por até 30 dias.
VACINAÇÃO
A Divisão de Vigilância do Programa Estadual de Imunização segue as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações, o PNI, sendo as atividades de vacinação voltadas para toda a população paranaense, disponibilizando imunobiológicos para todas as faixas etárias, conforme definido no Calendário Nacional de Imunização do PNI.
Ao todo são 18 vacinas, considerando a contra a Covid-19, que devem ser oferecidas e aplicadas, desde o nascimento até ao final da adolescência; segundo a mais recente atualização do PNI, recomenda-se a dose de reforço da vacina da Covid-19 para crianças a partir de cinco anos de idade.
ATENDIMENTO/CONSULTAS
O acompanhamento médico da criança é feito pela Atenção Primária à Saúde (APS), na qual pode ser mantido exclusivamente ou de forma compartilhada com a Atenção Ambulatorial Especializada (AAE). Para as crianças classificadas como risco habitual, mantém-se o número mínimo de consultas preconizadas pelo Ministério.
Para as crianças classificadas como risco intermediário e alto risco, o calendário das consultas de puericultura tem maior frequência. Em 2021, foi aprovada no Paraná uma nova estratificação de risco, com a ampliação no número de agendamentos e um novo calendário de consultas.
Crianças que apresentam alto risco têm 17 consultas programadas até os dois anos de idade, e contam ainda com seis atendimentos multiprofissional especializado, dois a mais que o anterior; para aquelas classificadas com risco intermediário, são 14 consultas programadas também até aos dois anos de idade; e as crianças com risco habitual terão nove consultas.
Durante a consulta o profissional de saúde deverá abordar alguns pontos-chaves como:
- Ganho de peso e altura;
- Alimentação e suplementações vitamínicas de rotina;
- Desenvolvimento: motor, cognitivo e emocional (incluindo relações interpessoais e desempenho escolar);
- Imunizações;
- Funcionamento gastrointestinal e gênito urinário;
- Qualidade de sono.
- Atividade física x tempo de telas;
- Contato com a natureza;
- Prevenção de acidentes.
Algumas dicas importantes para se preparar para a consulta:
- Levar a Carteira Nacional de Saúde da Criança. Este documento é no qual se encontram todos os registros de vacinas, o acompanhamento de peso e altura e seus gráficos e muitas informações fundamentais;
- Prepare por escrito todas suas dúvidas e necessidades, para não esquecer de falar tudo durante a consulta, e assim ter todas as suas dúvidas esclarecidas;
- Leve uma troca de roupa, fralda, mamadeira ou uma fruta em caso de atraso;
- Exames e receitas anteriores para atualização;
- Caso não possa ir, cancele a consulta com antecedência. Assim o horário poderá ser destinado para outra criança que necessite.