A derrubada do ex-presidente do Peru, Pedro Castilho, no último dia 7 de dezembro, provocou protestos violentos em todo o País, assim como bloqueios de rodovias e trens, que prenderam centenas de turistas, de diversas regiões do mundo, nas ruínas de Machu Picchu.
Além destes turistas presos em Machu Picchu, os protestos também mantiveram dezenas de turistas, incluindo crianças, presas em uma remota cidade montanhosa por cerca de 48h; cerca de seis ônibus e 60 pessoas ficaram impedidos de deixar uma cidade na região de Cusco em direção a Bolívia.
De acordo com informações, os moradores da região não permitem que os grupos de turistas continuem os seus trechos, uma montanhista da região, que esteve no local recentemente, afirma que: “Eles [os moradores] disseram que se tentássemos passar, eles nos queimariam vivos”.
A montanhista acrescentou que os motoristas bolivianos dos ônibus não quiseram ou não puderam fazer a volta e que a presença policial no local era mínima; enquanto isso, os esforços para obter ajuda de embaixadas estrangeiras no Peru não tiveram sucesso.
Em vídeo que circula nas redes, viajantes da Argentina, Chile, França, Japão, Inglaterra, Peru e Estados Unidos pedem ajuda internacional; a montanhista disse que o grupo tem pouco dinheiro e os moradores resistem a vender comida e água, deixando-os famintos e desidratados.
A montanhista afirma que vários desses viajantes estão adoecendo ao serem forçados a dormir em ônibus com banheiros que já não funcionam mais, ela afirma: “é um país bonito, e só queremos continuar nossa jornada”, ela ainda diz “não somos culpados pelo que está acontecendo no país”.