Por volta das 20h, os primeiros grupos de caminhoneiros pró-bolsonaro começaram a fechar rodovias em, ao menos 14 Estados do País, em manifestação contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores, o PT, sobre o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal, o PL.
De acordo com informações, até às 14h desta segunda-feira, 31 de outubro, haviam ao menos 83 protestos em Rodovias no Estado da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Conforme relatos, a grande maioria dos bloqueios era total, sem que qualquer veículo fosse liberado para passar nas vias tomadas pelos caminhoneiros; há registros de motoristas de carros sendo hostilizados e tendo os seus veículos depredados.
Em nota, a Polícia Rodoviária Federal afirmou ter tomado, desde domingo, todas as providências para o retorno da normalidade do fluxo; no fim desta manhã, a corporação informou que vai à Justiça para liberar as vias e que iniciou a negociação com os manifestantes.
A Policia Rodoviária Federal, a PRF, afirma que também acionou a Advocacia-Geral da União, a AGU, em todos os Estados do País onde acontecem os bloqueios, afim de garantir a fluidez das rodovias.
Confira a lista dos Estados com Rodovias Bloqueadas:
No Estado do Paraná, foram registrados ao menos nove pontos de bloqueio em Rodovias Federais e Estaduais; manifestantes bloqueiam o KM 11 da PR-412, no Município de Guaratuba, no Litoral do Estado do Paraná; também há relatos sobre bloqueios em vias no Município de Paranaguá, também no Litoral.
No Estado de Santa Catarina, os manifestantes bloquearam 07 trechos da BR-101, tanto sentido Paraná, quanto para o Rio Grande do Sul, nos Municípios de Garuva, Joinville, Araquari, Barra Velha, Itajaí, Porto Belo e Palhoça; também há bloqueios na SC-163, em São Miguel do Oeste; na SC-160, em Serra Alta; na SC-350, em Caçador; na SC-157, em São Lourenço do Oeste; na BR-153, em Irani; na BR-282, em Joaçaba, Xanxerê e Chapecó e na BR-247, em Curitibanos.
No Estado do Rio Grande do Sul, há bloqueios em ao menos 13 rodovias; na manhã desta segunda-feira, havia dois bloqueios na ERS-112, dois na BR-285, dois na BR-116, um na ERS-463, um bloqueio na BR-470, um na BR-158 e um na BR-153.
Em Barra Mansa, no Sul do Estado do Rio de Janeiro, a Via Dutra, que liga a capital fluminense à capital paulista, foi fechada, nos dois sentidos, no inicio da madrugada desta segunda-feira, 31 de outubro; a PRF não informou se algum tipo de veículo, como ambulância ou caminhão de alimentos, tinha a passagem liberada pelo bloqueio.
No Estado de Goiás, os bloqueios começaram na noite do último domingo, 30 de outubro, no início da manhã, as interdições ocorriam na BR-060, em Anápolis; na BR-153, em Itumbiara; na BR-040, em Luziânia; na BR-040, em Cristalina e na BR-364, em Jataí.
Já no Estado do Mato Grosso, a concessionária que administra a BR-163 afirmou que, na manhã desta segunda-feira haviam bloqueios na rodovia em trechos nos Municípios de Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande.
No Estado do Pará, duas rodovias federais tiveram manifestações e bloqueios por caminhoneiros em diferentes Cidades; nesta manhã haviam dois pontos de interdição total, um parcial e outros dois pontos com manifestações; a BR-010 e a BR-163 têm pontos com bloqueio total e outros com manifestações.
No Estado de São Paulo, manifestantes bloquearam um trecho da BR-153, no Município de Rio Preto; conforme relatos, também houveram bloqueios em rodovias nos Municípios de Penápolis, Birigui, Itapetininga, Ourinhos e Sorocaba; no início da tarde a Rodovia Anhanguera foi bloqueada, no Município de Limeira.
No Estado da Bahia, o bloqueio ocorreu na BR-020, no Município de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do Estado; já no Estado de Rondônia, seis trechos da BR-364 e um da BR-421 foram bloqueados; e no Espírito Santo, ao menos um trecho da BR-101, no Município de Itapemirim foi bloqueado por manifestantes que não aceitam a derrota do atual ex-presidente, Jair Messias Bolsonaro.