Na última quinta-feira, 25 de agosto, a usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, controlada por tropas russas, foi desconectada da rede elétrica do país; de acordo com informações da operadora nuclear ucraniana, essa foi a primeira vez que a usina foi desconectada da rede elétrica do País.
Após a interrupção, o fornecimento de energia foi parcialmente reestabelecido, contudo, seis reatores permanecem desconectados; a Energoatom, operadora nuclear da Ucrânia, afirma que incêndios em uma usina termelétrica fizeram com que a última linha de energia da usina se desconectasse; as outras três linhas, que ligavam a usina, foram perdidas anteriormente durante a invasão russa.
Através de um Comunicado Oficial, a Operadora Nuclear da Ucrânia culpou a Rússia pela desconexão da Usina, em nota a Energoatom afirmou: “as ações dos invasores causaram uma desconexão completa da ZNPP (usina nuclear de Zaporizhzhia) da rede elétrica – a primeira na história”.
De acordo com informações, o governador regional russo, instalado no local, contra-argumentou e culpou a ação militar ucraniana pelas interrupções e acrescentou que “o trabalho estava em andamento para restaurar o fornecimento para a região e lançar a segunda unidade de energia”.
A usina nuclear de Zaporizhzhia é responsável por gerar cerca de 20% da eletricidade de toda a Ucrânia; as autoridades do País afirmam que um corte prolongado na rede nacional de energia seria um grande desafio para a população ucraniana, pois, o período mais frio do ano se aproxima.
Zaporizhzhia é a maior usina nuclear da Europa, a mesma está sob o controle russo desde o mês de março; os confrontos em torno do complexo provocaram preocupações generalizadas e temores de um desastre nuclear; em contrapartida, a Ucrânia acusa as tropas russas de usar a usina como escudo, arriscando um desastre na usina.