No início desta semana, o Ministério Público argentino solicitou à Justiça argentina que a Vice-Presidente Cristina Kirchner, seja condenada a prisão e que cumpra uma pena de doze anos; no pedido, o Ministério Público também solicita que Kirchner seja inabilitada politicamente.
Os crimes dos quais Cristina é acusado teriam ocorrido de 2003 a 2007, durante o Governo de Néstor Kirchner, e, de 2007 a 2007, quando ela mesma foi Presidente do País; de acordo com a denúncia, ela liderava uma associação criminosa e orientava um esquema fraudulento que beneficiava um empresário.
Lázaro Báez, empresário supostamente beneficiado pela ex-presidente, conseguia contratos para executar uma série de obras públicas na Província de Santa Cruz, na Patagônia argentina; a regiao é um dos redutos políticos e eleitorais da Família Kirchner.
Os Promotores afirmam que uma parte do dinheiro que o empresário ganhava era devolvido para a Família Kircner; os Promotores estimam que o esquema, supostamente capitaneado pela ex-presidente e atual vice-presidente, foi responsável por desviar cerca de um bilhão de dólares do Estado.
Durante um discurso de mais de duas horas, transmitido pelas redes sociais do seu gabinete, Cristina Kirchner afirmou: “nada, absolutamente nada do que disseram foi provado”; durante o pronunciamento, centenas de apoiadores se reuniram em frente à sua casa e ao Senado.
Kirchner alega que os 12 anos de prisão não passa de uma provocação, pois: “os 12 anos do melhor governo que a Argentina teve nas últimas décadas, por isso pedem 12 anos. Por isso, vão me estigmatizar e condenar. Se eu nascesse 20 vezes, faria o mesmo 20 vezes”.
Esse processo judicial iniciou em 2019, a estimativa é de que a decisão dos juízes seja proferida até o final deste ano; caso seja condenada, a Vice-Presidente pode recorrer e enquanto não houver uma sentença da Suprema Corte ela não poderá ser presa e nem ficará inabilitada, devido a sua imunidade política.