SMS declarou transmissão comunitária do vírus monkeypox em Curitiba

Redação Litorânea

Curitiba registra 21 casos confirmados da varíola causada pelo vírus monkeypox até essa quinta-feira (28). São 20 homens e uma mulher e todos passam bem. Do total de casos, 16 são importados ou contatos de viajantes e em cinco casos não foi possível determinar vínculo relacionado a viagem. Com isso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba declarou a transmissão comunitária do vírus da monkeypox no município.

“A transmissão comunitária é uma declaração técnica, da Epidemiologia, quando não é possível rastrear qual a origem da infecção de um ou mais casos, indicando que o vírus circula no munícipio, independentemente de viagem ou não”, explica a secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.

    A secretária ressalta que a declaração de transmissão comunitária do monkeypox em Curitiba não é motivo para pânico. “Essa doença é o que chamamos de autolimitada, ou seja, resolve-se espontaneamente e tem um prognóstico muito benigno. Salvo raríssimas exceções, não há agravamento do paciente, bem diferente do que tínhamos com o coronavírus no início da pandemia da covid-19”, afirma.

Segundo Beatriz, o vírus monkeypox exige um contato físico íntimo para que ocorra a transmissão. “Ao contrário de outros vírus muito transmissíveis, como o coronavírus, o influenza ou o do sarampo, o vírus responsável por este tipo de varíola exige um contato direto pele a pele para que ocorra a transmissão”, explica. Rede preparada  

Mesmo antes da declaração do estado em emergência em saúde pública global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no último sábado (23/7), as autoridades de saúde municipais, estaduais e nacionais já estavam em alerta e mobilizadas em relação à doença.

Neste momento, em relação à monkeypox, a SMS orienta maior atenção para pessoas que venham a apresentar na pele pústulas (bolinhas vermelhas com pus) após contato íntimo com alguém diagnosticado ou com suspeita para essa doença. Além das pústulas, deve se observar ocorrência de febre e gânglios inchados

“Nestes casos, a orientação é procurar um serviço de saúde, para investigação, pois os sintomas são comuns a várias doenças, e somente um profissional de saúde poderá avaliar para notificar a SMS e orientar corretamente o paciente”, explica a médica infectologista da SMS.

A SMS indica, ainda, que o isolamento do paciente com suspeita ou confirmação da doença é fundamental para evitar o espalhamento da doença e não expor outras pessoas ao risco, principalmente aquelas imunodeprimidas.

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