Mais de 200 casos de varíola dos macacos são confirmados no Brasil

Redação Litorânea

Na manhã desta quarta-feira, 13 de julho, o Ministério da Saúde divulgou os mais recentes dados sobre a varíola dos macacos em todo o país, de acordo com as informações divulgadas pelo Ministério, o Brasil já registra 219 casos confirmados da varíola dos macacos.

Segundo o Ministério, o Estado de São Paulo tem o maior número de casos, ao todo, o Estado confirmou 158 casos; em seguida aparece o Estado do Rio de Janeiro, que, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, soma 34 casos confirmados da doença.

Ainda conforme os dados divulgados pelo Ministério da Saúde, outros 14 casos foram registrados no Estado de Minas Gerais; 03 no Paraná; 03 no Rio Grande do Sul; 02 no Ceará; 02 no Rio Grande do Norte; 02 em Goiás e 01 no Distrito Federal.

Saiba como ocorre a transmissão da varíola dos macacos:

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), a transmissão ocorre principalmente por contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mucosas de animais infectados; já a transmissão secundária, pode acontecer por contato próximo com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de um infectado, ou com objetos contaminados recentemente com fluidos do paciente ou materiais da lesão; a transmissão ocorre também por gotículas respiratórias.

Saiba quais são os tratamentos para a varíola dos macacos:

Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves; os pacientes vêm se recuperando em algumas semanas apenas com repouso, hidratação oral, medicações para diminuir o prurido e controle de sintomas como febre ou dor. Existem medicamentos antivirais, como o tecovirimat e o cidofovir, que podem ser usados em pessoas sob risco de complicações, mas que não são facilmente disponíveis comercialmente. E, assim como na maioria das viroses agudas, o próprio sistema imunológico é capaz de eliminar o vírus. O maior risco de agravamento ocorre, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/aids, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos.

Saiba como prevenir a varíola dos macacos

Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. Identificada pela primeira vez em macacos, a doença ocorre principalmente na África Ocidental e Central. Raramente se espalhou para outros lugares, então essa nova onda fora do continente causa preocupação. O primeiro caso europeu foi confirmado em 7 de maio em um indivíduo que retornou à Inglaterra da Nigéria, onde a varíola dos macacos é endêmica. Existem duas cepas principais: a cepa do Congo, que é mais grave, com até 10% de mortalidade, e a cepa da África Ocidental, que tem uma taxa de mortalidade de cerca de 1%. A monkeypox coloca os virologistas em alerta porque está na família da varíola, embora cause quadros menos graves. A varíola foi erradicada pela vacinação em 1980, e a vacina desde então foi descontinuada. Diante do aumento de casos em países onde ela não é endêmica, a OMS convocará uma nova reunião de seu comitê para definir como proceder com a questão e não descarta declarar a varíola dos macacos como emergência de saúde global, mesmo status da Covid-19.

Compartilhe este Artigo