O resultado positivo, segundo a Portos do Paraná, foi fruto de uma operação consistente, sem filas para atracação e com alta produtividade, mesmo diante de um cenário econômico e sanitário desafiador. Este foi o melhor semestre da história da empresa, conforme destacou o diretor-presidente Luiz Fernando Garcia.
Liderança nacional: os produtos que puxam o crescimento
O recorde foi impulsionado pela liderança do Paraná em segmentos estratégicos do agronegócio brasileiro. Na exportação, o estado foi responsável por embarcar 30% de todo o farelo de soja e 64% de todo o óleo de soja do país.
O terminal paranaense também se consolidou como o principal exportador de carnes em contêineres, respondendo por 34% da movimentação nacional. Na importação, o destaque foi a liderança no desembarque de fertilizantes, com 27% de participação no mercado brasileiro.
Para dar suporte a esse crescimento contínuo, a Portos do Paraná está realizando investimentos pesados em infraestrutura. O principal deles, já em andamento, é o Moegão, uma obra de mais de R$ 600 milhões que vai transformar a descarga de grãos. A nova estrutura aumentará a capacidade de recebimento de vagões de 550 para 900 por dia, otimizando a logística e reduzindo o impacto do tráfego de trens na cidade de Paranaguá.
A próxima fronteira: o píer em T e os investimentos bilionários
O próximo grande projeto será a construção do Píer em T, um investimento superior a R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 1,2 bilhão da iniciativa privada e R$ 1 bilhão do Estado.
A nova estrutura criará quatro novos berços de atracação, permitindo a operação de navios maiores e mais que dobrando a velocidade de embarque de granéis. O projeto busca consolidar o Corredor de Exportação Leste como um dos mais eficientes e modernos do mundo.