O Dia da Mata Atlântica, celebrado em 27 de maio, foi criado para conscientizar a população, as autoridades e a iniciativa privada sobre a importância da conservação desta floresta que encantou os europeus desde a chegada ao Brasil. A primeira comemoração dessa data ocorreu em 1999 e, no ano seguinte, foi oficialmente incluída no calendário.
No município de Guaratuba, um verdadeiro tesouro ecológico se destaca: mais de 90% da Mata Atlântica está preservada. Esse bioma é reconhecido como um dos mais importantes e biodiversos do mundo, abrigando paisagens de beleza cênica incomparável, além de desempenhar um papel crucial no fornecimento de água para mais da metade da população brasileira e na regulação climática de importantes cidades do país.
A Mata Atlântica sofreu uma intensa degradação com a chegada dos portugueses ao Brasil em 1500. A exploração do pau-brasil foi a primeira atividade econômica realizada na região litorânea brasileira.
Durante todo o processo de colonização portuguesa, o litoral foi o principal ponto de ocupação no Brasil. A abertura de plantações, especialmente de cana-de-açúcar, e a exploração madeireira resultaram em um contínuo processo de degradação da Mata Atlântica. Após o período colonial, durante o Império e, principalmente, no período republicano, o desenvolvimento da economia brasileira contribuiu para o atual estado de degradação desse bioma.
Além da exploração econômica, a Mata Atlântica também foi afetada pela forma de ocupação do território nacional. A concentração populacional nas áreas litorâneas levou à substituição da floresta por vilas, cidades e, atualmente, grandes metrópoles. A expulsão da população de baixa renda das áreas centrais das grandes cidades, obrigando-as a buscar moradia nas periferias e encostas, contribui para a contínua redução desse ecossistema.